Amazônia: pesadelo geopolítico ou questão de soberania?
Publicado por Thales Schmidt 05.09.2019
O número de queimadas na Floresta Amazônica brasileira é o maior dos últimos cinco anos. Levantamento do Instituto de Pesquisas Ambiental da Amazônia (IPAM), com base em dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), indica que foram registrados 71.497 focos de incêndio entre os dias 1º de janeiro e 18 de agosto deste ano, número 82% maior do que o do mesmo período em 2018.
O desmatamento também está aumentado, segundo dados de diferentes fontes. A medição realizada pela ferramenta Deter (Detecção de Desmatamento em Tempo Real), do INPE, indica que os alertas de desmatamento em julho deste ano cresceram 278% na comparação com o mesmo mês de 2018.
Professora da Universidade Federal do Acre (Ufac), Sonaira Souza da Silva também aponta o custo econômico da devastação:
"O fogo desencadeia vários níveis de problemas. No nível local, ele causa o esgotamento do solo, os agricultores notam que com as sucessivas queimadas o solo dentro de três anos já não tem o mesmo rendimento", diz a professora da Ufac à Sputnik Brasil. Ela também ressalta que sua pesquisa indica que os focos de incêndio "reduzem drasticamente" o número de árvores com valor comercial nas áreas que atinge.